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Channel: Comentários sobre: Lídice Leão: As encruzilhadas pós maio de 1968
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Por: Paulo Monarco

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A pouca ou quase nula manifestação de pessoas aqui (numa postagem que ficou em destaque por 5 dias) e dentre elas algumas que não leram e nem sabiam do que se tratava, diante dessa importante película francesa é um exemplo tácito de como se trata o cinema neste país. Apenas um mercado pra entretenimento e difusão de alienação! Vide o sucesso que faz o comportadinho e medíocre cinema mobília de “Somos tão Jovens” ou a difusão massacrante de produções que dão vergonha alheia, de uma empresa que ganha 80% do financiamento público para a difusão cinematográfica (financiamento com alicerce de leis engessadas e arcáicas, feitas justamente para maquiar e sustentar o que aqui se apresenta) para apenas produzir e divulgar suas produções. E isso vindo de um CONCESSÃO PÚBLICA! Um crime em dobro! Não por acaso não temos e não teremos política de regulamentação da difusão cinematográfica nas salas de cinema deste país (coisa que Chile, Argentina, Uruguai, França, Alemanha, EUA dentre infinitos outros tem), onde filmes de importante valor cultural ficam relegados à festivais, internet (que ainda é um meio de pouca difusão popular, muito controlado e pouco seguro) e quase nulas salas concentradas nos grandes centros *econômicos e um “Iron Man 3″ estréia (com acento mesmo!) e estupra 1/3 de todas as salas de cinema do país!
E não me venham dizer que cinema não é um veículo cultural de relevância ou isso é coisa de “intelectual”, pois não sou, não tenho formação universitária. Só nos EUA, pra ficar neste bom exemplo, o cinema é e sempre foi financiado pelo poder estatal, hoje com 19% da fatia destinada à difusão cultural. Novamente não por acaso a massificação cultural norte-americana pelo planeta Terra se deu pelo cinema durante e no pós-guerra na década de 1940.

*e o econômico está estrelado pra confirmar o que todos já sabem, mas os governos, seja ele federal, estadual ou municipal, fingem que não importa; e não precisa de nenhuma cartilha ideológica pra ditar. Um país não se faz apenas com desenvolvimento econômico, mas morre pela boca consumista e analfabeta deste. Um país se faz também com desenvolvimento sócio-cultural-educacional, hoje relegada à latrina de 3% do orçamento nacional.

Sei que ninguém lerá, mas fica aqui meu protesto para que os fantasmas da internet leiam.


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